Projeto selecionado no âmbito da Chamada Pública de Apoio à Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas
CONTEXTUALIZAÇÃO
O plano de gestão territorial e ambiental (PGTA) é um instrumento da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), de caráter dinâmico, concebido de forma a expressar o protagonismo, a autonomia e autodeterminação dos povos indígenas. O PGTA materializa o planejamento pactuado por toda a comunidade indígena do uso de seu território para fins culturais, ambientais e econômicos.
A Operação Amazônia Nativa (OPAN), instituição responsável pela execução do projeto apoiado, foi fundada em 1969, sendo a primeira organização indigenista do Brasil, constituída sob a forma de associação civil que atua no fortalecimento da participação da população indígena nas políticas que influenciam e impactam seus territórios.
Com sede em Cuiabá, no estado do Mato Grosso (MT), possui três escritórios regionais: em Brasnorte (MT), São Félix do Araguaia (MT) e em Lábrea, no estado do Amazonas (AM).
O PROJETO
O projeto “IREHI¹– Cuidando dos Territórios” teve por objetivo apoiar a conclusão e a implementação do PGTA para a terra indígena (TI) Marãiwatsédé e a implementação de PGTA para as Terras Indígenas Manoki, Menkü e Pirineus de Souza, localizadas no estado de Mato Grosso.
Foi estruturado em três componentes: (i) conclusão do PGTA da TI Marãiwatsédé, apoiando sua impressão e divulgação, já nos primeiros meses de andamento do projeto. Os demais componentes atendem às quatro TIs beneficiadas pelo projeto e visam implementar seus PGTAs.
O componente (ii) proteção territorial, com a implementação de sistemas de vigilância e monitoramento das terras indígenas beneficiadas pelo projeto, além de capacitação dos próprios indígenas na operação dos equipamentos adquiridos, despertando o interesse dos jovens indígenas para a gestão do território e o componente (iii) atividades econômicas, produtivas e culturais, com geração de renda e aumento da segurança alimentar a partir do resgate cultural de práticas e técnicas tradicionais.
Foram desenvolvidas atividades culturais relacionadas ao uso da terra, tais como intercâmbio cultural para troca de mudas e sementes, como forma de subsidiar a implementação de roças e quintais agroflorestais para geração de alimentos e também de renda, por meio da comercialização dos excedentes de produção.
¹I’rehi são os guerreiros xavantes que realizam a vigilância do território
LÓGICA DE INTERVENÇÃO
O projeto se insere nas componentes "Produção Sustentável" (1) e "Ordenamento Territorial" (3) do Quadro Lógico do Fundo Amazônia.
Seus efeitos diretos foram assim definidos: 1.1 atividades de uso sustentável da floresta e da biodiversidade desenvolvidas nas TIs apoiadas; e 3.2 TIs apoiadas protegidas territorialmente.
As terras indígenas têm papel relevante e estratégico na conservação da biodiversidade e dos recursos naturais do país. Tendo em vista que a sua sobrevivência depende essencialmente da floresta, a resistência que seus habitantes interpõem em defesa dos territórios que ocupam, contribui de modo relevante para a manutenção dos biomas brasileiros.
O projeto, ao apoiar a implementação dos PGTAs das quatro terras indígenas, contribuiu diretamente para o objetivo geral do Fundo Amazônia, a saber, “redução do desmatamento com desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal”.
Clique na imagem para visualizar sua árvore de objetivos, ou seja, como se encadeiam os produtos e serviços do projeto com os objetivos específicos e os seus objetivos gerais.
