CONTEXTUALIZAÇÃO

A economia de baixo carbono requer desenvolvimento de novas tecnologias. A Embrapa possui papel central no sistema de inovação do país. Trabalha com projetos de pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de tecnologia em diversas cadeias produtivas, gerando benefícios não apenas econômicos, mas também de cunho social e ambiental. Sua produção científica ocupa lugar de destaque entre as instituições de pesquisa do país e os resultados dessas pesquisas muitas vezes contribuem para a formulação e o aprimoramento de políticas públicas.

O PROJETO

O Projeto Integrado da Amazônia consiste no apoio à execução de projetos das Unidades Descentralizadas da Embrapa, selecionados por meio de chamada interna a ser realizada no âmbito de um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre BNDES, Embrapa e Fundação Eliseu Alves.

Os projetos de pesquisa e de transferência de tecnologia a serem selecionados e apoiados no âmbito da chamada interna deverão se enquadrar nos seguintes temas:

1. Monitoramento do desmatamento e da degradação florestal e serviços ecossistêmicos;
2. Restauração, manejo florestal e extrativismo;
3. Tecnologias sustentáveis para a Amazônia; e
4. Aquicultura e pesca.

O Fundo Amazônia também apoiará atividades relativas à governança deste projeto, tais como: oficinas de planejamento, de gestão da rede de pesquisa, de acompanhamento dos projetos individuais apoiados e de articulação com instituições parceiras; desenvolvimento de sistema de informática próprio da Embrapa com o objetivo de aprimorar os indicadores de monitoramento dos projetos apoiados; entre outras. 

LÓGICA DE INTERVENÇÃO

O projeto se insere na componente "Ciência, Inovação e Instrumentos Econômicos" (4) do Quadro Lógico do Fundo Amazônia.

Clique na imagem abaixo para visualizar sua árvore de objetivos, ou seja, como se encadeiam os produtos e serviços do projeto com os objetivos específicos e os seus objetivos gerais.

ATIVIDADES REALIZADAS

Foram selecionados 19 projetos de transferência de tecnologias e pesquisa, por meio da “Chamada Interna 01/2017 Embrapa/BNDES”, alinhados a critérios de mérito científico e estratégico e às diretrizes do COFA, para a disseminação de conhecimentos e tecnologias voltados à recuperação, conservação, uso sustentável e à produção familiar em comunidades tradicionais do bioma Amazônia, no total do apoio de até R$ 29.991.190,85. 

Os projetos selecionados foram agrupados em quatro arranjos, a saber:

• Vertente 1: Monitoramento do desmatamento e da degradação florestal e serviços ecossistêmicos – 4 projetos;
• Vertente 2: Restauração, Manejo florestal, e Extrativismo – 3 projetos;
• Vertente 3: Tecnologias Sustentáveis para a Amazônia – 6 projetos; e
• Vertente 4: Pesca e Aquicultura – 6 projetos 

As ações executadas no bojo dos projetos supracitados, ligadas ao manejo florestal comunitário e extrativismo, foram implementadas em mais de 20 municípios prioritários do PPCDAm e em aproximadamente 30 municípios dos Territórios da Cidadania. Algumas foram apoiadas por sistemas digitais e geotecnologias desenvolvidos por unidades da Embrapa, possibilitando trocas ágeis de informação em apoio às análises remotas e de monitoramento. 

Foram inúmeras visitas e reuniões técnicas, participação técnica nos processos de aquisição e instalação de equipamentos, eventos de capacitação e sensibilização, reuniões de trabalho, montagem de viveiros, coleta e sistematização de dados, levantamentos de experiências por meio de conversas comunitárias ou aplicação de questionários, realização de estudos, elaboração de artigos e teses, participação em congressos, requerimentos junto a órgãos públicos e elaboração de produtos de comunicação. 

Cabe destacar: 

• Ampliação para o bioma Amazônia das minibibliotecas da Embrapa, iniciativa que visa disseminar informação tecnológica até escolas e comunidades remotas em território nacional;
• Desenvolvimento de módulo do aplicativo Agrotag-VEG16 para apoiar ações do Projeto INOVAFLORA no levantamento e compartilhamento de informações técnicas do CAR/SFB e experiências exitosas de recomposição de áreas alteradas, oferecendo uma base de dados que permitirá a técnicos locais auxiliarem pequenos produtores rurais na regularização de seus passivos ambientais;
• Aprimoramento e adequação da tecnologia de desumidificação do mel de abelhas nativas, em parceria com o Instituto Peabiru, que garantiu a produção do primeiro mel de abelhas nativas legalizado do Brasil, devido à aquisição do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) com a participação de produtores de comunidades tradicionais autorizados pelo Sistema Nacional de Gestão de Fauna Silvestre (Sisfauna);
• Início da disseminação de tecnologias e espécies nativas alternativas para a produção de organismos aquáticos em pequenos tanques, com ciclo de produção mais curto, que podem contribuir com a sustentabilidade econômica e ambiental dos empreendimentos piscícolas em áreas de pequenos produtores familiares rurais ou periurbanas. 

Destaque também para alguns números: 

• 108 unidades de referência tecnológicas para transferência de tecnologias sustentáveis instaladas;
• 106 publicações pedagógicas, informativas de resultados de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) ou de comunicação;
• 10 publicações científicas (teses e artigos);
• 93 novos produtos ou processos tecnológicos desenvolvidos para os territórios do bioma: 85 resultados vinculados a ações de transferência de tecnologia e oito vinculados a ações de P&D;
• 28 redes de pesquisa e de transferência de tecnologia fortalecidas, que permitiram a reformulação de políticas públicas para o desenvolvimento territorial local e fomentaram a ampliação da extensão rural e assistência técnica em áreas da Amazônia;
• 314 eventos (seminários ou fóruns) realizados com a participação de 7,7 mil pessoas;
• 275 pessoas capacitadas gerencial ou tecnicamente para desenvolvimento de atividades econômicas de uso sustentável da floresta e da biodiversidade efetivamente utilizando os conhecimentos adquiridos;
• 402 pessoas capacitadas gerencial ou tecnicamente no monitoramento do desmatamento, da degradação florestal e dos serviços ecossistêmicos da floresta amazônica efetivamente utilizando os conhecimentos adquiridos;
• 771 pesquisadores e técnicos, todos empregados da Embrapa, envolvidos nas atividades de PD&I fixados na região.