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Projeto

Consolidando a Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas

Centro de Trabalho Indigenista (CTI)

Site oficial do projeto
Valor Total do Projeto
R$ 11.858.546,84
Valor do apoio do Fundo Amazônia
R$ 11.858.546,84
Concluído

Apresentação

Objetivos

Promover a gestão territorial e ambiental sustentável em Terras Indígenas (TIs), contribuindo para a redução do desmatamento, por meio da implementação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) das Terras Indígenas, no âmbito da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).

Beneficiários

Terras Indígenas (TIs): Vale do Javari - AM; Krikati e Governador – MA; Andirá-Marau – PA/AM; Nova Jacundá - PA

Abrangência territorial

Amazônia Legal

Descrição

Projeto selecionado no âmbito da Chamada Pública de Apoio à Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas

Contextualização

O CTI, ao longo de sua existência, participou do processo de regularização fundiária de cerca de 50 Terras Indígenas (TIs), contribuindo para garantir o usufruto de três milhões de hectares para 35 povos, sendo 2,6 milhões de hectares localizados na Amazônia Brasileira. Possui histórico de cooperação com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas - Funai e de atuação junto a todos os povos englobados neste projeto.  

O Projeto

O projeto CTI PNGATI  teve como objetivo promover a gestão territorial e ambiental sustentável em Terras Indígenas (TIs), contribuindo para a redução do desmatamento, por meio da: (i) implementação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) da TI Vale do Javari, localizada no Estado do Amazonas, e do PGTA das TIs Krikati e Governador, no Estado do Maranhão; e (ii) elaboração de PGTA da TI Andirá-Marau, nos Estados do Pará e do Amazonas, e do PGTA da TI Nova Jacundá, no Estado do Pará, no âmbito da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).

Lógica da intervenção

O projeto CTI PNGATI se inseriu nas componentes do Quadro Lógico do Fundo Amazônia: (1) “Produção Sustentável” e (3) “Ordenamento Territorial”.

Seus efeitos diretos foram assim definidos: “Atividades econômicas de uso sustentável da floresta e da biodiversidade identificadas e desenvolvidas nas três TIs” (componente 1); “Capacidades gerencial e técnica ampliadas para o desenvolvimento de atividades produtivas de uso sustentável da biodiversidade nas três TIs (componente 1); “Áreas degradadas recuperadas e utilizadas para fins de segurança alimentar e de conservação ecológica nas três TIs (componente 1) e “TIs Vale do Javari (AM), Krikati (MA) e Governador (MA) protegidas territorialmente e com gestão fortalecida” (componente 3); e “TIs Andirá-Marau (AM e PA) e Nova Jacundá (PA) com gestão definida” (componente 3).

Evolução

Data da aprovação 28.09.2016
Data da contratação 24.02.2017
Data da conclusão 02.03.2023
Prazo de utilização 44 meses (a partir da data da contratação)
aprovação
28.09.2016
contratação
24.02.2017
conclusão
02.03.2023

Desembolsos

ano valor
1º desembolso 17.07.2017 R$ 2.648.446,92
2º desembolso 22.08.2018 R$ 518.809,25
3º desembolso 16.10.2018 R$ 3.724.371,27
4º desembolso 27.12.2019 R$ 4.892.912,56
5º desembolso 29.10.2020 R$ 150.000,00
6º desembolso 24.01.2023 -R$ 75.993,16
Valor total desembolsado R$ 11.858.546,84

Valor total desembolsado em relação ao valor do apoio do Fundo Amazônia

100%

ATIVIDADES REALIZADAS

A implementação do projeto foi estruturada a partir de seis subcomponentes, a saber: (I) Implementação do PGTA da TI Vale do Javari; (II) Implementação do PGTA das TIs Timbira (localizadas total ou parcialmente no bioma Amazônia); (III) Elaboração do PGTA da TI Andirá-Marau; (IV) Elaboração do PGTA da TI Nova Jacundá; (V) Fortalecimento institucional das organizações indígenas; e (VI) Gestão do projeto.

I - Implementação do PGTA da TI Vale do Javari: TI regularizada na modalidade “tradicionalmente ocupada”, localizada no extremo Oeste do estado do Amazonas, na bacia do rio Javari, região de fronteira com o Peru e muito próxima à tri-fronteira Brasil-Peru-Colômbia.

Tabela 1 – Relação entre ações apontadas no PGTA e as ações previstas no Projeto

Ações apontadas no PGTA

Ações previstas no Projeto

Controle e Monitoramento Territorial

  • Capacitação na utilização de GPS e outras ferramentas;
  • Mapeamento temático do território;
  • Expedições periódicas de monitoramento do território, sistematização e qualificação das informações.
  • Formação continuada de 40 gestores ambientais indígenas em ferramentas e instrumentos de gestão territorial;
  • Estruturação de banco de dados cartográficos para formação de acervo de informações socioambientais;
  • Viagens para atualização de etnomapas;
  • Sistematização de informações georreferenciadas para alimentação de sistema de monitoramento territorial indígena;
  • Publicação do material sistematizado para associações e escolas.

Conservação e Manejo dos Recursos Naturais

  • Recuperação de sementes e mudas de variedades de alimentos tradicionais;
  • Estudos e mapeamento das palheiras¹ disponíveis;
  • Acordos de formas de manejo de palheiras, coleta de sementes e plantios nas capoeiras²;
  • Reuniões e acordos para novas práticas e acordos internos do manejo de quelônios, pesca e palha;
  • Monitoramento de quelônios;
  • Estudo dos tipos de peixe e possibilidades de criação.
  • Expedições às capoeiras antigas, visando à recuperação e plantio de variedades alimentares e medicinais tradicionais;
  • Manejo, estudos técnicos e adensamento de palheiras;
  • Manejo de quelônios, por meio do monitoramento e transferência de desovas e acordos de consumo;
  • Manejo de lagos, por meio do inventário da ictiofauna e estudo da cadeia produtiva dos recursos pesqueiros.

Fortalecimento da transmissão de conhecimentos tradicionais

  • Oficinas sobre remédios do mato;
  • Recuperação de malocas, com participação dos jovens;
  • Incentivo ao uso de tecnologias tradicionais de caça e pesca.
  • Encontros de especialistas indígenas tradicionais com comunidades interessadas, para troca e produção de conhecimentos sobre o manejo de caça, pesca, uso de palheiras, construção de malocas, produção de canoas, remédios e medicinas tradicionais.
¹ Palheiras são palmeiras que fornecem a palha utilizada na cobertura de habitações indígenas.
² Capoeiras são terrenos em que o mato foi roçado e/ou queimado para cultivo da terra ou para outro fim. Fonte: Dicionário Aurélio.

II - Implementação do PGTA das TIs Timbira (TI Krikati e TI Governador): TIs regularizadas na modalidade “tradicionalmente ocupada”, localizadas no sudoeste do estado do Maranhão, em área de transição do Cerrado para a Floresta Amazônica.

Ações apontadas no PGTA

Ações previstas no Projeto

 

Controle do Território

  • Capacitação em leis ambientais, indígenas e fundiárias;
  • Formação e apoio aos agentes ambientais;
  • Capacitação dos indígenas para ações de fiscalização;
  • Expedições de fiscalização e vigilância nos limites.

 

  • Formação continuada de 30 gestores ambientais indígenas em ferramentas e instrumentos de gestão territorial, incluindo legislação ambiental, fundiária e indígena;
  • Estruturação do "regimento interno" do grupo de monitoramento territorial;
  • Expedições de monitoramento;
  • Sistematização de informações cartográficas, registros audiovisuais e documentos técnicos para alimentação de sistema de monitoramento territorial indígena;
  • Publicação do material sistematizado para associações e escolas.

Manejo de Recursos Naturais

  • Construir viveiros e fazer mutirões de plantios de espécies nativas;
  • Recuperar áreas degradadas com o plantio de espécies nativas;
  • Aproveitamento de capoeiras com plantio de frutíferas;
  • Pesquisar e divulgar o conhecimento sobre o manejo dos recursos naturais (caça, pesca, frutas, madeiras);
  • Incluir a discussão sobre o manejo de recursos naturais no espaço escolar;
  • Incentivar a produção de alimentos nas aldeias para evitar o alto consumo de alimentos externos;
  • Aprimoramento das técnicas de plantio;
  • Planejamento comunitário para articulação com agências de extensão rural para devido acompanhamento técnico;
  • Intercâmbio entre as aldeias para troca de sementes, mudas, experiências e conhecimentos.
  • Recuperação de áreas degradadas com mutirões para plantio de espécies nativas em áreas recém desocupadas de pasto abandonado;
  • Enriquecimento dos quintais com plantio de frutíferas;
  • Inventário do potencial agroextrativista e material didático, destinado às escolas e associações;
  • Abertura e enriquecimento de roças para segurança alimentar e autonomia produtiva das comunidades, aprimoramento das técnicas agrícolas e resgate de sementes crioulas;
  • Assistência técnica e extensão rural ao longo de todo o Projeto;
  • Viagens de indígenas Krikati e Gavião para troca de sementes com outras TIs Timbira;
  • Diagnóstico da caça para levantamento das técnicas tradicionais, artefatos e ocorrência de espécies e material didático destinado às escolas e associações indígenas;
  • Encontro de caçadores no Centro Timbira, com participação estimada de 60 participantes.

Atividades produtivas e econômicas

Incentivo para a produção de alimentos para a merenda escolar (Conab/PNAE e Pronaf).

  • Oficinas de formação e mobilização e viagens de articulação política para habilitação dos indígenas ao acesso ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), com emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), documento necessário para habilitação.

Educação para a Gestão Socioambiental

Construção de um acervo de informações ambientais (mapoteca), melhoria no armazenamento do acervo cultural e escolar, melhoria do laboratório de informática e alojamentos

  • Consolidação do Centro Timbira de Ensino e Pesquisa Penxwyj Hempejxà, para promover ações de formação indígena, produção e difusão de conhecimento sobre os povos e Terras Indígenas Timbira. Apoio para a estruturação de instalações para i) o acervo de filmes, áudios, fotos e mapas; ii) a biblioteca e laboratório de geoprocessamento; e iii) exposições e divulgação, por meio da realização de reformas, aquisição de mobiliário e equipamentos e apoio de uma consultoria especializada.

III - Elaboração do PGTA da TI Andirá-Marau: TI regularizada na modalidade “tradicionalmente ocupada”, localizada na região de divisa entre os estados do Pará e Amazonas.

Tabela 3 – Ações propostas para elaboração do PGTA

Ações da metodologia CTI

Ações previstas no Projeto

Ações de mobilização nas comunidades, com pactuação de planos de trabalho.

  • Reuniões de mobilização em sete localidades distintas distribuídas na calha dos rios Andirá e Marau;
  • Visitas de dois dias de duração, com participação de 120 a 300 indígenas em cada localidade;
  • Total estimado de 1.320 pessoas mobilizadas.

Cursos de formação de agentes indígenas.

  • Curso de sete dias na calha do rio Andirá para 20 agentes;
  • Curso de sete dias na calha do rio Marau para 23 agentes;
  • Conteúdos de natureza técnica (tais como legislação indígena e ambiental e formação em GPS e audiovisual), e de integração com professores e velhos sábios Sateré Mawé.

Expedições para mapeamento das áreas de relevância ambiental, sociocultural e produtiva (etnomapeamento).

  • Expedições em nove polos regionais da TI, com duração de 10 a 30 dias em cada polo e sete meses no total;
  • Participação de 15 a 20 pessoas por expedição, incluindo agentes ambientais, técnicos do CTI, consultores e caçadores (que guiarão as expedições por serem os maiores conhecedores do território).

Oficinas para estruturação do etnomapeamento e construção coletiva da matriz de planejamento de gestão territorial e ambiental.

  • Duas oficinas, uma em cada calha de rio;
  • Participação de cerca de 45 pessoas em cada oficina, incluindo agentes ambientais, equipe CTI, consultores, velhos conselheiros, professores e representantes das associações Sateré Mawé;
  • Duração estimada de três meses para sistematização e edição dos dados cartográficos e socioeconômicos levantados.

Reuniões comunitárias amplas para validação do PGTA

  • Realização de reuniões devolutivas, com dinâmica semelhante às reuniões de mobilização;
  • Discussão ampla dos indicadores de gestão territorial e ambiental;
  • Seminário final para validação do PGTA da TI Andirá-Marau na Assembleia Geral do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé (CGTSM), com a participação estimada de 200 indígenas.

Diagramação, registro audiovisual e distribuição do PGTA

  • Duas oficinas, uma em cada calha de rio;
  • Diagramação, impressão e distribuição de 1.000 cadernos de mapas e 1.000 exemplares do PGTA;
  • Produção de um DVD;
  • Distribuição em 70 escolas.


IV - Elaboração do PGTA da TI Nova Jacundá:
TI regularizada na modalidade “dominial indígena”, localizada na região de divisa entre os estados do Pará e Amazonas.

Tabela 4 – Ações propostas para elaboração do PGTA

Ações da metodologia CTI

Ações previstas no Projeto

Ações de mobilização nas comunidades, com pactuação de planos de trabalho.

  • Reuniões de mobilização com toda a aldeia por quatro dias.

Cursos de formação de agentes indígenas.

  • Curso de 10 dias para 8 agentes;
  • Conteúdos de natureza técnica, acrescido de um conteúdo programático amplo de participação aberta a toda comunidade.

Expedições para mapeamento das áreas de relevância ambiental, sociocultural e produtiva (etnomapeamento).

  • Expedição com duração de 14 dias;
  • Participação de 35 pessoas, incluindo agentes ambientais, técnicos do CTI, consultores, velhos e jovens indígenas.

Oficinas para estruturação do etnomapeamento e construção coletiva da matriz de planejamento de gestão territorial e ambiental.

  • Oficina com duração de 15 dias;
  • Participação de cerca de 50 pessoas;
  • Sistematização e edição dos dados cartográficos e socioeconômicos levantados.

Reuniões comunitárias amplas para validação do PGTA.

  • Realização de oficina devolutiva para complementações e correções;
  • Seminário final para validação do PGTA da TI Nova Jacundá com a participação estimada de 60 indígenas.

Diagramação, registro audiovisual e distribuição do PGTA.

  • Duas oficinas, uma em cada calha de rio;
  • Diagramação, impressão e distribuição de 1.000 cadernos de mapas e 1.000 exemplares do PGTA;
  • Produção de um DVD;
  • Distribuição nas escolas da região, parceiros e comunidades Guarani do Sul e Sudeste.


V - Fortalecimento institucional das organizações indígenas:
Este componente abarca esforços de fortalecimento institucional das oito organizações indígenas dos dois núcleos de atuação do projeto cujo objetivo é a implementação do PGTA: TIs Timbira (organizações Wyty Cate, Pempcahoc e Gavião) e TI Vale do Javari (organizações UNIVAJA, OGM, AKAVAJA, OAMI e AIMA). São propostas ações em quatro eixos:

  1. estruturação organizacional: oficinas de formação política e de desenvolvimento institucional e organizacional com os dirigentes das oito associações e serviço de assessoria jurídica para atendimento de demandas destas associações (apoio à regularização institucional, rediscussão estatutária, contratos de comercialização e acordos de pesca, acompanhamento dos processos de regularização fundiária e de passivos ambientais, entre outras);
  2. estruturação física: apoio à manutenção e equipagem dos escritórios sede das oito organizações indígenas parceiras, com pequenas reformas, aquisição de equipamentos eletrônicos e de informática, e material de consumo;
  3. apoio à governança política: apoio para que os dirigentes a) promovam articulação política com as aldeias de base, por meio de reuniões e assembleias com as lideranças e comunidades; e b) participem de reuniões anuais regionalizadas de monitoramento das atividades do projeto, contribuindo para o acompanhamento e controle da execução técnica, administrativa e financeira do projeto;
  4. troca de experiências: para as TIs Timbira e Andirá-Marau estão previstos também encontros de intercâmbio para troca de experiências relativas a elaboração e implementação de PGTAs.

VI - Gestão do Projeto: Os recursos para gestão do Projeto somam 13,8% do valor total do apoio e contemplam os seguintes itens:

  1. Equipe para gestão geral do projeto, sediada em São Paulo e Brasília, composta por três profissionais em dedicação integral: um coordenador geral, um coordenador adjunto e um coordenador administrativo financeiro;
  2. Mobiliário, aquisição de equipamentos de informática, e de teleconferência para racionalização dos custos com logística;
  3. Material de consumo para gestão e estruturação do escritório de São Paulo, que concentra a maior parte da equipe técnica deste projeto;
  4. Serviços de apoio para o projeto: auditoria externa independente e contabilidade.

 

Avaliação Final

Indicadores de eficácia e efetividade

As atividades do projeto contribuíram para os resultados relacionados às componentes Produção Sustentável (3) e Ordenamento Territorial (3) do Quadro Lógico do Fundo Amazônia¹.

A seguir, apresentam-se os resultados dos principais indicadores pactuados para o monitoramento dos efeitos diretos previstos.

Efeito direto 1.1 - Atividades produtivas de uso sustentável da biodiversidade identificadas e desenvolvidas nas TIs Vale do Javari (AM), Krikati (MA) e Governador (MA) (componente 1).

  • Volume de produção in natura gerada pelo projeto apoiado (toneladas ou outra unidade de medida) discriminado por produto
    Meta: 20 toneladas de feijão, 50 toneladas de mandioca, 15 toneladas de milho, 60 toneladas de arroz, 50 toneladas de inhame e 60 toneladas de abóbora
    Resultado alcançado: 1,5 toneladas de feijão, 22,7 toneladas de milho, 158 de arroz, 6 de inhame e 13 de abóbora
  • Área de floresta diretamente manejada em decorrência do projeto apoiado (hectares)
    Meta: 0   |   Resultado alcançado: 32 hectares
  • N° de acordos de pesca regulamentados pelo órgão competente
    Meta: 3   |   Resultado alcançado: 1

Efeito direto 1.3 - Capacidades gerencial e técnica ampliadas para o desenvolvimento de atividades produtivas de uso sustentável da biodiversidade nas TIs Vale do Javari (AM), Krikati (MA) e Governador (MA)

  • N° de indivíduos de etnia indígena capacitados para o desenvolvimento de atividades produtivas de uso sustentável efetivamente utilizando os conhecimentos adquiridos especificados por gênero
    Meta: 35 indígenas, pelo menos 10% de mulheres
    Resultado alcançado: 49, sendo 15 mulheres (30,6%)
  • N° de indivíduos de etnia indígena capacitados em atividades relacionadas à gestão de florestas públicas e áreas protegidas efetivamente utilizando os conhecimentos adquiridos especificados por gênero
    Meta: 160 indígenas, pelo menos 10% de mulheres
    Resultado alcançado: 163 indígenas, sendo 38 mulheres   

Efeito direto 1.4 - Áreas degradadas recuperadas e utilizadas para fins de segurança alimentar e de conservação ecológica nas TIs Krikati (MA) e Governador (MA)

  • Área reflorestada (hectares) - regeneração em andamento
    Meta: 30 hectares   |   Resultado alcançado: 32 hectares

Efeito direto 3.2 - TIs Vale do Javari (AM), Krikati (MA) e Governador (MA) protegidas territorialmente e com gestão fortalecida

  • Extensão de áreas protegidas com gestão ambiental fortalecida e/ou com o controle de seu território fortalecido (hectares)
    Meta: 8.730.901,77 hectares   |   Resultado alcançado: 8.630.901,77 hectares

Efeito direto 3.2 - TIs Andirá-Marau (AM e PA) e Nova Jacundá (PA) com gestão definida
Extensão de áreas protegidas com gestão ambiental e territorial definida - PGTAs (hectares)
Meta: 788.725,28 hectares   |   Resultado alcançado: 788.725,28 hectares

Aspectos institucionais e administrativos

O projeto permitiu o fortalecimento institucional de oito organizações indígenas dos dois núcleos de atuação do projeto: TIs Timbira (organizações Wyty Catë, Pempcahoc e Gavião) e TI Vale do Javari (organizações União dos Povos Indígenas do Vale do Javari - UNIVAJA, Organização Geral dos Mayoruna - OGM, Associação dos Kanamari do Vale do Javari - AKAVAJA, Organização das Aldeias Marubo do Rio Ituí - OAMI e Associação Indígena Matis - AIMA).

O projeto, além do fortalecimento institucional, ainda deu continuidade às ações de apoio à governança política nas aldeias, além das oficinas de fortalecimento das organizações indígenas para a gestão territorial e ambiental.

Riscos e lições aprendidas

Os custos de implementação dos PGTAs ao término do projeto foram bastante alinhados aos previstos quando da análise, ilustrando o correto dimensionamento das componentes do projeto. A estruturação da governança nas aldeias é fundamental para o sucesso de projetos desta natureza.

É importante avaliar, quando do desenho do projeto, a adequação de, em determinadas situações, se trabalhar em uma escala geográfica maior ou menor, dadas as especificidades. Isso ficou claro ao se avaliar o resultado do eixo de Conservação e Manejo de Recursos Naturais da Componente 1, que originalmente previa três acordos de pesca, um para cada microrregião, que acabaram se concretizando em um único acordo, abarcando as três microrregiões.

Sustentabilidade dos resultados

A capacitação dos indígenas e de suas lideranças e o resgate e preservação cultural de suas práticas ancestrais, em conjunto, não se esgotam com a conclusão de suas atividades.

Diversas atividades do projeto focaram em transmitir conhecimentos tradicionais, com ampla participação das comunidades e um expressivo alcance superior à meta desenhada (apenas na componente 1, 678 indígenas participaram dos encontros, sendo 263 mulheres – números que representam 848% da meta original).

 

 

 
¹ http://www.fundoamazonia.gov.br/export/sites/default/pt/.galleries/documentos/monitoramento-avaliacao/0.home/FA-Arvore_de_objetivos_2018.pdf