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Projeto

Juruá: Sustentável e Solidário

Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC)

Site oficial do projeto
Valor Total do Projeto
R$ 38.910.887,03
Valor do apoio do Fundo Amazônia
R$ 38.910.887,03
Contratado

Apresentação

Objetivos

Fortalecer e consolidar cadeias socioprodutivas sustentáveis e o comércio ribeirinho na região do rio Juruá, promovendo o engajamento e fortalecimento das organizações comunitárias, a diversificação da produção extrativista e a expansão de oportunidades de comercialização e geração de renda

Beneficiários

2.363 famílias (total de 10.421 pessoas) advindas de 76 comunidades tradicionais, incluídos 793 indígenas da região de abrangência do projeto

Abrangência territorial

Estado do Amazonas, nos municípios: Carauari, Juruá, Tefé, Itamarati e Manaus. Unidades de Conservação: Reserva Extrativista (Resex) do Médio Juruá, a Resex do Baixo Juruá e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari; Terra Indígena: Terra Indígena Deni do Rio Xeruã (próximas aos rios Juruá e Purus)

Descrição

Projeto selecionado no âmbito da Chamada Pública "Consolidação e fortalecimento de cadeias de valor sustentáveis e inclusivas” 

CONTEXTUALIZAÇÃO

A ASPROC é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1994, fruto do movimento de extrativistas na Amazônia. Atualmente, reúne 943 famílias e 4.092 pessoas de 46 comunidades, sendo referência em agroecologia, extrativismo e produção orgânica. Sua atuação contribui diretamente para a conservação ambiental e o fortalecimento das cadeias produtivas locais, especialmente as do pescado, açaí e óleos vegetais — que, juntamente com o programa “Comércio Ribeirinho da Cidadania e Solidário”, constituem o foco do presente projeto.

No que diz respeito ao manejo de lagos para pesca de pirarucu, o trabalho da ASPROC beneficia, ao menos, 14 comunidades, gerando renda para cerca de 150 famílias. A associação tem se destacado como ator central no engajamento comunitário na vigilância dos lagos e na pesca sustentável - o que tem contribuído para o aumento dos volumes manejados. Além disso, desempenha papel importante na comercialização do pirarucu oriundo de diferentes territórios de manejo (unidades de conservação federais e estaduais, terras indígenas e áreas com acordos de pesca no estado do Amazonas). Por sua atuação, recebeu a atribuição de instituição gestora da marca coletiva Gosto da Amazônia¹.

A articulação promovida pela ASPROC também foi decisiva na elaboração do plano de manejo das oleaginosas na Reserva Extrativista do Médio Juruá, viabilizando contratos de comercialização na região e gerando renda para as famílias ribeirinhas. Na cadeia do açaí, a associação tem se destacado especialmente na implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e na intermediação de compra de sementes por parte de empresas.

Cabe destacar ainda sua atuação no Programa de Economia Solidária “Comércio Ribeirinho da Cidadania e Solidário”, criado há cerca de 15 anos, que beneficia mais de 600 famílias em 55 comunidades do município de Carauari, promovendo oportunidades de produção e geração de renda aos associados. Mais especificamente, o programa viabiliza o escoamento da produção de comunidades ribeirinhas localizadas a até 52 horas de viagem dos centros urbanos, permitindo que comercializem seus produtos em polos estratégicos sem precisarem se ausentar de seus locais de produção e moradia. Nesses mesmos polos, os produtores também podem adquirir mercadorias para o consumo familiar, eliminando a necessidade de deslocamento até as cidades.

¹ Ver a este respeito, Gosto da Amazônia | Sabor que preserva a floresta. (gostodaamazonia.com.br).

O PROJETO

O projeto divide-se em 7 componentes, cujas principais atividades encontram-se sintetizadas a seguir:

  • Componentes 1 a 5 – Entidades Comunitárias. Além da ASPROC, serão apoiadas outras quatro instituições: Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (AMARU); Cooperativa Mista de Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária da Reserva Extrativista do Médio Juruá (CODAEMJ); Associação dos Trabalhadores Rurais de Juruá (ASTRUJ); e Associação do Povo Deni do Rio Xeruã (ASPODEX): fortalecimento institucional, comercialização, atividades de produção e prestação de serviços, beneficiamento, distribuição e armazenamento; assistência técnica, capacitação, adequação a normas, gestão e controle da produção, entre outros. As principais cadeias apoiadas são o pescado, açaí e óleos vegetais.
  • Componente 6 – Transversal: Componente transversal a todas as organizações comunitárias envolvidas na implementação do projeto, cujas atividades englobam: atividades de capacitações e certificações; implementação de estruturas de distribuição, armazenamento e beneficiamento de uso compartilhado entre as aglutinadas; desenvolvimento de plano de segurança do território; ações voltadas à manutenção e prevenção de acidentes nas agroindústrias; ações de comunicação; e a multiplicação da tecnologia social que a ASPROC denomina Comércio Ribeirinho da Cidadania e Solidário.
  • Componente 7 – Gestão: articulação e governança, monitoramento de impactos, gestão administrativa e financeira do projeto (incluindo prestação de contas), e auditoria.

LÓGICA DE INTERVENÇÃO

O projeto insere-se na componente Produção Sustentável (1) do Quadro Lógico do Fundo Amazônia, contribuindo para o efeito direto (1.2) - Cadeias dos produtos agroflorestais e da biodiversidade com valor agregado ampliado; (1.3) - Capacidades gerencial e técnica ampliadas para a implementação de atividades econômicas de uso sustentável da floresta e da biodiversidade; e (1.4) - Áreas desmatadas e degradadas recuperadas e utilizadas para fins econômicos e de conservação ecológica.

 

Evolução

Data da aprovação 23.01.2025
Data da contratação 02.04.2025
*Prazo de utilização 23.01.2029
*Prazo para recebimento de desembolsos
aprovação
23.01.2025
contratação
02.04.2025
conclusão

Desembolsos

ano valor
Valor total desembolsado R$ 0,00

Valor total desembolsado em relação ao valor do apoio do Fundo Amazônia

0%

Avaliação Final