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Projeto

Cidades Florestais

Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam)

Site oficial do projeto
Valor Total do Projeto
R$ 12.055.534,99
Valor do apoio do Fundo Amazônia
R$ 12.055.534,99
Contratado

Apresentação

Objetivos

Apoiar o fortalecimento do manejo florestal comunitário no estado do Amazonas por meio de: (i) desenvolvimento da plataforma Cidades Florestais para conexão de atores florestais e suporte às cadeias produtivas de madeira; e ii) apoio à produção sustentável e comercialização de madeira e óleos vegetais

Beneficiários

Povos e comunidades residentes em reservas do Amazonas, assentados e extrativistas comunitários

Abrangência territorial

14 municípios do Amazonas: Manaus, Itapiranga, Silves, São Sebastião do Uatumã, Apuí, Novo Aripuanã, Borba, Manicoré, Tefé, Carauari, Juruá, Jutaí, Lábrea e Urucará

Descrição

CONTEXTUALIZAÇÃO

O manejo florestal comunitário, madeireiro e não madeireiro, tem sido apontado como uma ferramenta para a redução do desmatamento, pois se caracteriza como uma importante fonte de renda sustentável aos manejadores e uma alternativa às práticas predatórias de exploração convencional.

Quando realizado de forma comunitária, o manejo tem potencial de fortalecer o espaço social e político das famílias e da comunidade – uma vez que devem agir como protagonistas no processo de produção e organização – além de proporcionar a inclusão produtiva, garantia de renda e maior apropriação sobre a terra. Entretanto, há barreiras a serem superadas para a consolidação do manejo florestal comunitário, tais como: a garantia de acesso e uso da floresta, o fortalecimento da organização social, o crédito, a assistência técnica e o acesso ao mercado.

O fomento ao manejo é particularmente relevante no estado do Amazonas, que, por um lado, detém a maior área de floresta conservada da Amazônia, mas, por outro, apresentou o maior crescimento do desmatamento entre os anos de 2015 e 2016. Ainda que aproximadamente 10% da área do estado do Amazonas seja destinada ao extrativismo vegetal, a participação dos planos de manejo madeireiro de pequenos produtores em relação ao volume total licenciado foi pouco expressiva: 4% durante o período de 2010 a 2014. E, de acordo com estudo do Idesam, somente 20% do volume de madeira licenciado em 2014 por planos de manejo de pequena escala elaborados pela instituição foram comercializados.

O PROJETO

O projeto prevê a estruturação da rede Cidades Florestais, que compreende a estruturação física de uma Central Florestal – que servirá como núcleo de tecnologia do projeto além de propiciar a conexão de atores florestais – e o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica. A ferramenta será dedicada à gestão da propriedade, à elaboração e execução dos planos de manejo e à conexão entre os atores florestais. A utilização da plataforma busca garantir que o manejo florestal das pequenas propriedades seja realizado de acordo com a legislação aplicável, favorecendo a adesão a políticas públicas e fomentando a comercialização da produção manejada.

Adicionalmente, o projeto apoiará a implantação de 25 planos de manejo a serem executados por 15 associações locais, com meta de ampliação de 40% da oferta atual de madeira proveniente de planos de manejo madeireiros de pequena escala no Amazonas. O apoio à implantação dos planos se dará por meio de:

  1. capacitação de manejadores para a maximização do aproveitamento da matéria-prima, da segurança, do planejamento e da comercialização;

  2. ações de campo para exploração e comercialização da madeira.

Outras ações dedicadas à estruturação de uma rede de óleos vegetais no Amazonas e ao aumento da atratividade dos produtos florestais, tais como a certificação das cadeias produtivas, serão apoiadas. 

LÓGICA DE INTERVENÇÃO

O projeto se insere nas componentes "Produção Sustentável" (1) e "Ciência, Inovação e Instrumentos Econômicos" (4) do Quadro Lógico do Fundo Amazônia.

Clique na imagem abaixo para visualizar sua árvore de objetivos, ou seja, como se encadeiam os produtos e serviços do projeto com os objetivos específicos e os seus objetivos gerais.

quadrologico

Evolução

Data da aprovação 27.12.2017
Data da contratação 13.03.2018
Prazo de utilização 43 meses (a partir da data da contratação)
aprovação
27.12.2017
contratação
13.03.2018
conclusão

Desembolsos

ano valor
1º desembolso 28.05.2018 R$ 1.498.949,90
2º desembolso 29.10.2018 R$ 600.881,00
3º desembolso 28.01.2019 R$ 4.097.281,28
4º desembolso 29.05.2019 R$ 582.081,77
5º desembolso 07.05.2020 R$ 3.965.628,50
6º desembolso 15.10.2021 R$ 1.310.712,54
Valor total desembolsado R$ 12.055.534,99

Valor total desembolsado em relação ao valor do apoio do Fundo Amazônia

100%

ATIVIDADES REALIZADAS

As principais atividades realizadas pelo projeto foram: 

1) Instalação da rede Cidades Florestais

  • Estruturação da Central Florestal com a reforma na sede do Idesam;
  • Elaboração da plataforma web Cidades Florestais. O aplicativo está disponível de forma gratuita no play store e as informações públicas coletadas por seus usuários podem ser observadas em https://cidadesflorestais.org.br/;
  • Instalação de antenas de satélite nas usinas de óleos da APFOV, em Apuí, Lábrea, São Sebastião do Uatumã e Carauari;
  • Elaboração de material audiovisual sobre manejo e exploração florestal, boas práticas na produção de óleos vegetais, comercialização, certificação florestal, associativismo e cooperativismo; vídeos tutoriais sobre o aplicativo Cidades Florestais; e material relativo a processos e procedimentos de segurança para operações do projeto;

2) Uso múltiplo florestal: assistência técnica, capacitação e fomento para da cadeia de madeira manejada em pequena escala

  • Construção de dois galpões para armazenar maquinários florestais (obra iniciada nos municípios de São Sebastião do Uatumã e Itapiranga e já finalizada em Apuí);
  • Elaboração e licenciamento dos Planos de Manejo Florestal: RDS do Uatumã, que possui 2.041 hectares (IPAAM); Unidade de Produção Anual (UPA) 03 do Plano de Manejo Florestal da Resex Ituxi, que possui área de manejo de 1.403,53 hectares (ICMBio); ASPROC, que possui 2.018,97 hectares, elaborado pelo Conselho da Resex Médio Juruá e em avaliação pelo ICMBio.
  • 017 hectares de manejo florestal com licença vigente referentes aos planos da Resex Ituxi e da RDS do Uatumã e dois planos de pequena escala em Boa Vista do Ramos; além de 3.446 ha referentes a outros seis planos de manejo em processo de licenciamento;
  • Ação em São Sebastião do Uatumã junto ao polo moveleiro representado pela Cooperativa Constrói, com visita técnica e elaboração de documentos junto a 35 movelarias, sendo conduzido até a fase final o licenciamento de seis movelarias, cujos processos estão sob avaliação do IPAAM;
  • Cursos de gestão florestal, de exploração florestal e de uso de máquinas; dos quais participaram 872 pessoas, sendo 434 mulheres;
  • Aquisição de equipamentos de segurança individual (EPIs); confecção de camisetas, calças e bonés personalizados para o projeto; e aquisição de kits de maquinário florestal;

3) Rede de Óleos Vegetais do Amazonas: integração, fortalecimento e suporte à cadeia produtiva de origem comunitária do Amazonas

  • Conclusão e inauguração das usinas de óleos vegetais da RDS do Uatumã e de Apuí;
  • Aquisição de maquinário para as usinas existentes e para as miniusinas em construção;
  • Curso de boas práticas extrativistas na RDS do Uatumã e em Apuí; gestão florestal em Carauari, São Sebastião do Uatumã e Itapiranga e de exploração florestal, em Lábrea;
  • Lançamento da marca Inatú que propicia unidade aos produtos da “Rede de Óleos Vegetais” do projeto, permitindo a comercialização para revendedores e pequenas/médias empresas de óleos envasados com selo ANVISA. O valor total já comercializado pelo projeto é de R$1.459.258;
  • Contratação de consultorias para obtenção de melhorias na qualidade da produção e na gestão das miniusinas e acompanhamento e apoio à produção e comercialização de óleos vegetais em Apuí, Carauari, Lábrea, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã e Silves;

4) Visibilidade dos produtos florestais

  • Realização do seminário florestal “Manejar – Produção Florestal Familiar e Comunitária do Amazonas”, em Manaus, que teve como público 131 pessoas, entre produtores rurais, profissionais da área florestal, estudantes e representantes de organizações governamentais;
  • Realização de sete oficinas de introdução à certificação florestal FSC5 (Forest Stewardship Council) para produtos florestais madeireiros e não madeireiros, e à certificação orgânica para produtos não madeireiros;
  • Realização do estudo “Oportunidades nos Serviços Ambientais para as Cadeias Produtivas Florestais do Amazonas”, cujo objetivo central é fomentar mecanismos de financiamento adicionais que permitam dar continuidade e escalonar as atividades do projeto no médio e longo prazo.

Avaliação Final

Acervo

Nessa área disponibilizamos alguns arquivos em PDF com as principais publicações geradas pelo projeto. Clique no nome do arquivo para iniciar o download.

CONTRATOS E ADITIVOS

DOCUMENTOS

VÍDEOS

Outros