CONTEXTUALIZAÇÃO
O monitoramento ambiental por satélites é de grande utilidade para o combate ao desmatamento e à degradação ambiental, gerando dados que servem como subsídio para a implementação de políticas públicas de combate ao desmatamento e propiciam maior participação e controle social.
A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é uma organização intergovernamental formada por oito países que, juntos, englobam 99% do Bioma Amazônia: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. É a instituição responsável pela implementação do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), assinado em 1978, e atua como um fórum permanente de cooperação, intercâmbio e conhecimento, orientado pelo princípio da redução das assimetrias regionais, apoiando a execução de programas e projetos que promovam o desenvolvimento sustentável e a cooperação regional para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da Amazônia.
O PROJETO
A Secretaria Permanente da OTCA (SP/OTCA) foi o órgão dentro da estrutura da beneficiária responsável pela gestão administrativa e financeira e pela execução do projeto.
O projeto teve por objetivo contribuir para o desenvolvimento da capacidade de monitoramento do desmatamento, das mudanças de uso da terra e do aproveitamento florestal nos Países Membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), propiciando informações sobre a extensão e a qualidade da cobertura florestal, pré-requisitos para o monitoramento e controle do desmatamento.
O projeto apoiou todos os Países Membros da OTCA (à exceção do Brasil) nas seguinte atividades: a estruturação e implementação de Salas de Observação e Pesquisa; a capacitação em tecnologias de monitoramento da cobertura florestal desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais brasileiro (INPE); a elaboração de propostas de planos nacionais de monitoramento; o aprimoramento, harmonização e padronização das capacidades institucionais de levantamento das mudanças de uso da terra; e a cooperação regional para o combate ao desmatamento ilegal.
Iniciado em 2011, com recursos da GIZ (Agência Alemã de Cooperação Técnica Internacional) e da ITTO (Organização Internacional de Madeiras Tropicais), teve o apoio do Fundo Amazônia nas seguintes iniciativas:
- Estruturação e fortalecimento das Salas de Observação e Pesquisa, responsáveis pelo monitoramento da cobertura florestal em cada um dos países, através do apoio à aquisição de infraestrutura física e à contratação de recursos humanos;
- estruturação de salas de pesquisa;
- capacitação em tecnologias de monitoramento da cobertura florestal; e
- elaboração de planos nacionais de monitoramento.
Também foram previstas ações voltadas à cooperação regional para o combate ao desmatamento ilegal e ao intercâmbio de experiências relacionadas a instrumentos de políticas públicas para redução dos índices de desmatamento.
O projeto contou com apoio do Ministério de Relações Exteriores brasileiro (MRE), sendo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) parte da estrutura de execução, como Instituição Nacional Coordenadora, através do Departamento de Políticas para o Controle do Desmatamento (DPCD). O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) também participou do projeto, atuando na capacitação de equipes dos demais Países-membros da OTCA em sua tecnologia de monitoramento da cobertura florestal.
LÓGICA DE INTERVENÇÃO
O projeto se inseriu nas componentes "Monitoramento e Controle" (2) e "Ciência, Inovação e Instrumentos Econômicos" (4) do Quadro Lógico do Fundo Amazônia.
Os efeitos diretos esperados pelo projeto foram: (i) Infraestrutura, arranjos institucionais e ferramentas para o monitoramento do desmatamento e degradação florestal fortalecidos e aprimorados nos Países Membros; e (ii) Conhecimentos e tecnologias voltados para o monitoramento da Amazônia Regional produzidos e difundidos.
Clique na imagem abaixo para visualizar sua árvore de objetivos, ou seja, como se encadeiam os produtos e serviços do projeto com os efeitos diretos e indiretos esperados.
